Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
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Vaneza Oliveira
Maria Cristina
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TEXTOS E PRÁTICAS DISCURSIVAS :: A ORDEM DO DISCURSO :: ANÁLISE DO DISCURSO VERSUS ANÁLISE DE CONTEÚDO
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Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
A partir da leitura do texto de Deusdará e Rocha (2005), o modelo de ciência a qual se fundamenta a Análise de Conteúdo, centra-se num modelo duro, rígido, de corte positivista e na crença de que quanto maior neutralidade e objetividade à pesquisa, maior também seria a garantia dos resultados mais precisos. Nesse método, o pesquisador e seu objeto possui uma relação de distanciamento na tentativa de alcançar um verdadeiro significado.
Enquanto que a Análise do Discurso, surgiu a partir das incompletude da AC, e, coloca-se como alternativa de análise que se lança na busca da produção do conhecimento, na articulação entre a linguagem enquanto construção social e a interação com o extralinguístico, na subjetividade do sujeito e o desejo do pesquisador em intervir. O pesquisador é co-construtor dos sentidos produzidos que se alteram o lugar em que ele se situa e sua postura de interlocutor em uma determinada situação de pesquisa.
Além disso, Rocha e Deusdará (2005) discorre sobre a incoerência entre o distanciamento do pesquisador em relação à pesquisa, pelo fato de que numa pesquisa qualitativa há a necessidade de uma leitura aprofundada sobre o objeto visando alcançar uma realidade invisível, que pode se manifestar apenas nas “entrelinhas” do texto, com vários significados; como também pesquisa qualitativa, pode permitir que a análise do observador esteja impregnada de seus pré-conceitos. Sendo assim, a AC é tão neutra quanto parece ser?
Enquanto que a Análise do Discurso, surgiu a partir das incompletude da AC, e, coloca-se como alternativa de análise que se lança na busca da produção do conhecimento, na articulação entre a linguagem enquanto construção social e a interação com o extralinguístico, na subjetividade do sujeito e o desejo do pesquisador em intervir. O pesquisador é co-construtor dos sentidos produzidos que se alteram o lugar em que ele se situa e sua postura de interlocutor em uma determinada situação de pesquisa.
Além disso, Rocha e Deusdará (2005) discorre sobre a incoerência entre o distanciamento do pesquisador em relação à pesquisa, pelo fato de que numa pesquisa qualitativa há a necessidade de uma leitura aprofundada sobre o objeto visando alcançar uma realidade invisível, que pode se manifestar apenas nas “entrelinhas” do texto, com vários significados; como também pesquisa qualitativa, pode permitir que a análise do observador esteja impregnada de seus pré-conceitos. Sendo assim, a AC é tão neutra quanto parece ser?
Maria Cristina- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
Para Orlani (2005), a Análise do Discurso leva em consideração vários fatores que constituem as condições de produção de uma fala, como o contexto imediato e o contexto amplo. Dentro do contexto amplo temos o interdiscurso, as questões ideológicas, os esquecimentos, com todas as influências sócio, histórico, culturais as quais são reveladas no discurso. Ao fazer essa análise o pesquisador compreende a linguagem como interação social, conforme destacam Deusdará e Rocha (2005), e coloca em jogo sua subjetividade, ou seja, não há neutralidade nessa análise, embora deva buscar o rigor científico.
Vaneza Oliveira- Mensagens : 10
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
A respeito da organização da análise, Bardin (2010, p. 127) coloca que
tendo “à disposição resultados fiéis e significativos, pode o analista propor
inferências e adiantar interpretações a propósitos dos objectivos previstos -, ou
que digam respeito” ao surgimento de resultados inesperados.
Olhando por esta ótica podemos dizer que a análise de conteúdo não está completamente isenta da subjetividade do pesquisador.
tendo “à disposição resultados fiéis e significativos, pode o analista propor
inferências e adiantar interpretações a propósitos dos objectivos previstos -, ou
que digam respeito” ao surgimento de resultados inesperados.
Olhando por esta ótica podemos dizer que a análise de conteúdo não está completamente isenta da subjetividade do pesquisador.
Nazaré dos Santos Costa A- Mensagens : 7
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
Isso mesmo Nazaré, percebo que a análise de Conteúdo traz uma atitude interpretativa contudo sustentada em processos técnicos de validação, com um máximo de rigor e cientificidade. Requer do pesquisador paciência e tempo em virtude da necessidade de abranger técnicas de análise de comunicação(linguistico, icônico ou através de códigos semióticos) através de procedimentos sistemáticos obedecendo as ordenações e categorizações e ao mesmo tempo objetivo a ponto de garantir que outros pesquisadores que perpassem o mesmo conteúdo e ordenações tenham o mesmo resultado na descrição das mensagens.
Rita Dias Nascimento- Mensagens : 8
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
A AC tem como objetivo se apropriar da significação e produzir inferências sobre os dados verbais ou não verbais a partir do recorte pretendido pelo pesquisador num processo de articulação de produção e recepção da mensagem. O objetivo do tipo de análise preconizado por essa vertente é alcançar uma pretensa significação profunda, um sentido estável, conferido pelo locutor no próprio ato de produção do texto. Já a AD propõe um entendimento em um plano discursivo, do poder da fala num contexto em que é produzida numa configuração entre linguagem, sociedade e ideologia fortemente presente nas estruturas sociais. Assim na AD, o sujeito e suas produções devem ser analisadas a partir do viés contextual e ideológico.
Adailce Celestina de Deus- Mensagens : 2
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: Análise de Conteúdo X Análise do discurso: objetividade X subjetividade?
A inserção no MPED amplia a nossa visão sobre a relevância da produção da pesquisa científica, além de despertar o nosso interesse pelo assunto e desencadear uma série de dúvidas nesse processo, sobretudo relacionadas a metodologia. Desse modo, os textos indicados para o fórum foram bastante esclarecedores, sobretudo ao abordar detalhadamente questões referentes as diferenças entre Análise de Conteúdo (Laurence Bardin) e Análise de Discurso (Dominique Maingueneau) dando sentido a cada uma dessas perspectivas.
Juliana Mota Lima- Mensagens : 8
Data de inscrição : 10/09/2018
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