FOUCAULT na voz de Caetano
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FOUCAULT na voz de Caetano
Podres Poderes
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será que será que será que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com Ellis
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos Gerais?
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais
Compositores: Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será que será que será que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com Ellis
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos Gerais?
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais
Compositores: Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso
Alberthyvania- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: FOUCAULT na voz de Caetano
O discurso reacionário que Caetano geralmente exprime nas letras de suas canções, são carregado de vozes e ante à censura na Ditadura, também, na idade média ela não existiria, elas seriam retidas ou não escutadas, pois certamente ele seria considerado desprovido da razão pelo teor político e de crítica social que ele está imbuído. Entretanto, vemos nesse dito perigoso, não o "tabu do objeto ou ritual da circunstância, mas o direito privilegiado ou exclusivo do sujeito" que o fala.
Gerlane Lima S. Dourado- Mensagens : 4
Data de inscrição : 10/09/2018
Idade : 43
Re: FOUCAULT na voz de Caetano
Isso mesmo,Vânia você foi muito feliz nessa analogia pois retrata o poder e a influência do discurso. O dizer em "o não dizer", as metáforas conotando o protesto e emissão de mensagens subliminares.
Rita Dias Nascimento- Mensagens : 8
Data de inscrição : 10/09/2018
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