AC hoje: como o trabalho de Bardin tem sido retomado?
TEXTOS E PRÁTICAS DISCURSIVAS :: A ORDEM DO DISCURSO :: ANÁLISE DO DISCURSO VERSUS ANÁLISE DE CONTEÚDO
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AC hoje: como o trabalho de Bardin tem sido retomado?
A Análise de Conteúdo, proposta por Laurence Bardin, é uma forma de tratamento amplamente utilizada em pesquisas tanto qualitativas quanto quantitativas aplicável a discursos e fontes dados diversificados, como relatos oficiais, cartas, romances, notícias de jornais, discursos políticos, cartas, publicidade, vídeos, filmes, fotografias, revistas, relatos autobiográficos, entre outros. Tem como objetivo desvendar criticamente e interpretar os significados presentes nestes. Em outros termos, pretende realizar leituras aprofundadas de modo a perceber relações entre o conteúdo dos discursos e aspectos exteriores a ele, observar e qualificar as experiências e vivências do sujeito, o contexto, tomando suas percepções sobre fenômenos, o que a levou a orientar metodologicamente pesquisas de várias áreas do conhecimento, que acabaram contribuindo significativamente, ao realizar um trabalho de aperfeiçoamento dos preceitos de Bardin.
Como exemplo, podemos tomar a Entrevista Compreensiva de Jean-Claude Kaufmann (O livro se chama “A entrevista compreensiva: um guia para a pesquisa de campo”, Editora Vozes, 2013), considerada uma metodologia decorrente da AC, que me parece uma abordagem interessante e preocupada em superar alguns dos pontos frágeis apontados nos artigos indicados para este Fórum. Baseada em uma “escuta sensível” direcionada ao reconhecimento de unidades de sentido, ela é elaborada através de quatro técnicas principais: o roteiro de entrevista, o quadro dos entrevistados, os planos evolutivos e as fichas de análise interpretativas. Silva (2006) tem um bom e sucinto artigo a respeito, caso alguém queria dar uma olhada (Link: http://arquivos.info.ufrn.br/arquivos/200919906154c0141926a104ccaf48c8/Compreender_a_Entrevista_Compreensiva.pdf . A EC reconhece o pesquisador como aquele que desempenha, simultaneamente, os papéis de homem de “campo”, metodólogo e teórico, defendendo a noção de que o comportamento do indivíduo é relacionado dialeticamente com a sociedade e que é necessário articular o objeto de estudo com o campo definido da pesquisa, de modo que o campo seja o ponto de partida dessa problematização, e não uma instância verificadora, de “checagem” de uma problemática preestabelecida.
Como exemplo, podemos tomar a Entrevista Compreensiva de Jean-Claude Kaufmann (O livro se chama “A entrevista compreensiva: um guia para a pesquisa de campo”, Editora Vozes, 2013), considerada uma metodologia decorrente da AC, que me parece uma abordagem interessante e preocupada em superar alguns dos pontos frágeis apontados nos artigos indicados para este Fórum. Baseada em uma “escuta sensível” direcionada ao reconhecimento de unidades de sentido, ela é elaborada através de quatro técnicas principais: o roteiro de entrevista, o quadro dos entrevistados, os planos evolutivos e as fichas de análise interpretativas. Silva (2006) tem um bom e sucinto artigo a respeito, caso alguém queria dar uma olhada (Link: http://arquivos.info.ufrn.br/arquivos/200919906154c0141926a104ccaf48c8/Compreender_a_Entrevista_Compreensiva.pdf . A EC reconhece o pesquisador como aquele que desempenha, simultaneamente, os papéis de homem de “campo”, metodólogo e teórico, defendendo a noção de que o comportamento do indivíduo é relacionado dialeticamente com a sociedade e que é necessário articular o objeto de estudo com o campo definido da pesquisa, de modo que o campo seja o ponto de partida dessa problematização, e não uma instância verificadora, de “checagem” de uma problemática preestabelecida.
vanessaionara- Mensagens : 6
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