O discurso como reflexão da verdade
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Vaneza Oliveira
Alberthyvania
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TEXTOS E PRÁTICAS DISCURSIVAS :: A ORDEM DO DISCURSO :: A ORDEM DO DISCURSO NA PERSPECTIVA DE FOUCAULT
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O discurso como reflexão da verdade
O discurso além de reprodução de valores determinados por uma sociedade é um instrumento de organização social, por isso tem perigos e poderes, é em si o sistema de denominação do qual queremos nos apoderar. “O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder de que queremos nos apoderar.”
Ao mostrar que verdade e poder estão interligados Foucault apresenta a força do discurso em relação a determinadas posições políticas estas que determinam o que pode e o que deve ser dito, confirmando a ideia de que qualquer relação contém um poder pré-estabelecido.
Na tirinha apresentada em anexo podemos fazer uma breve interpretação que se relaciona aos três procedimentos notórios no discurso da sociedade: a interdição, a separação e a oposição falso/verdadeiro.
Assim, ao pensar em discurso, poderemos reafirmar de acordo com o discurso de Foucault que a verdade era de quem tinha autoridade pra proferí-la.
Ao mostrar que verdade e poder estão interligados Foucault apresenta a força do discurso em relação a determinadas posições políticas estas que determinam o que pode e o que deve ser dito, confirmando a ideia de que qualquer relação contém um poder pré-estabelecido.
Na tirinha apresentada em anexo podemos fazer uma breve interpretação que se relaciona aos três procedimentos notórios no discurso da sociedade: a interdição, a separação e a oposição falso/verdadeiro.
Assim, ao pensar em discurso, poderemos reafirmar de acordo com o discurso de Foucault que a verdade era de quem tinha autoridade pra proferí-la.
Alberthyvania- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
Todos os espaços são possíveis de discurso, há porém três maneiras, segundo Foucault, de classificar, delimitar e controlar o discurso: procedimentos internos, procedimentos externos e sistema de restrição.
"Suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certo número de procedimentos que tem por função conjurar seus poderes e perigos, dominar seu acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e temível materialidade."(p.8,9)
À escola deve-se o espaço de enfrentamento desses discursos, possibilitando o pertencimento e não a distribuição da exclusão, através de questionamentos em torno da vontade de verdades, partindo da característica do discurso que possibilita acontecimentos e dá condições de possibilidades.
"Suponho que em toda sociedade a produção do discurso é ao mesmo tempo controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certo número de procedimentos que tem por função conjurar seus poderes e perigos, dominar seu acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e temível materialidade."(p.8,9)
À escola deve-se o espaço de enfrentamento desses discursos, possibilitando o pertencimento e não a distribuição da exclusão, através de questionamentos em torno da vontade de verdades, partindo da característica do discurso que possibilita acontecimentos e dá condições de possibilidades.
Última edição por Alberthyvania em Seg Set 10, 2018 9:52 pm, editado 3 vez(es)
Alberthyvania- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
Considerando a discussão de Foucault, somos provocados a pensar as relações de poder que se estabelecem também no espaço escolar. A escola, o currículo, a fala do professor estão posicionados em lugar privilegiado, de poder, e podem estar reproduzindo o discurso de dominação de muitos grupos culturais. A escola é lugar estratégico para a disseminação ou para o questionamento de verdades produzidas e validadas socialmente.
Última edição por Vaneza Oliveira em Seg Set 10, 2018 5:46 pm, editado 2 vez(es)
Vaneza Oliveira- Mensagens : 10
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
"que civilização, aparentemente, teria sido mais respeitosa com o discurso do que a nossa? Onde teria sido mais e melhor honrado? Onde, aparentemente, teria sido mais radicalmente libertado de suas coerções e universalizado?" (p.49 e 50).
As colocações de Vânia juntamente com tais questões que Foucault nos traz, nos faz pensar nos temores, limites e fronteiras dispostos nos discursos. Um temor a um discurso que traga teor combativo, que cause desordem, rebeldia. Segundo Foucault se quisermos analisar as condições dos jogos e efeitos desses discursos, precisamos questionar "nossa vontade de verdade; restituir ao discurso seu carater de acontecimento; e suspender, por fim a soberania do significante".
As colocações de Vânia juntamente com tais questões que Foucault nos traz, nos faz pensar nos temores, limites e fronteiras dispostos nos discursos. Um temor a um discurso que traga teor combativo, que cause desordem, rebeldia. Segundo Foucault se quisermos analisar as condições dos jogos e efeitos desses discursos, precisamos questionar "nossa vontade de verdade; restituir ao discurso seu carater de acontecimento; e suspender, por fim a soberania do significante".
Edicarla correia- Mensagens : 17
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
Penso na situação política que vivemos hoje, nos discursos suspensos, impedidos por aqueles em situação de domínio, não permitindo assim vir a tona discursos combativos, que propõe a desordem da lógica que está sendo imposta. Como Mafalda fez em seu gesto, bateu na colega, mesmo reconhecendo que tinha razão, mas por deter este poder assim o fez, tinha autoridade para tal. Há em nossa sociedade, sem dúvidas, jogos de pensamentos, língua... Com suas diversas facetas, de modo a dominar a grande proliferação do discurso.
Edicarla correia- Mensagens : 17
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
Ao longo das discussões aponta que “o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo pelo que se luta, o poder que queremos nos apoderar”, ou seja, de certo modo, mesmo que de maneira inconsciente, o discurso é um desejo, um alvo a ser alcançado, um fim, uma luta.
Focault faz-nos perceber que não temos que fugir do discurso, não temer o começo, de não deixar de entrar no que ele chama de “ordem arriscada do discurso”, já que, por mais que em algum momento desejemos o silêncio, há um sistema que nos faz querer discursar, discurso esse que constrói outras relações e legitima algum poder.
Focault faz-nos perceber que não temos que fugir do discurso, não temer o começo, de não deixar de entrar no que ele chama de “ordem arriscada do discurso”, já que, por mais que em algum momento desejemos o silêncio, há um sistema que nos faz querer discursar, discurso esse que constrói outras relações e legitima algum poder.
Lais- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
Re: O discurso como reflexão da verdade
Verdade, Lais, o discurso como Foucault destaca, é poder e perigo. Poder no sentido de que ao se apoderar do discurso, o sujeito cria coragem para lutar pelo que acredita e defende, e que muitas vezes, é uma verdade escondida nos discursos construídos e legitimados; O discurso pode também ser considerado perigo quando é pronunciado e apoderado com caráter de regulação , de vigilância e punição através dos regimes administrativos sobre as pessoas.
Maria Cristina- Mensagens : 11
Data de inscrição : 10/09/2018
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